Maria Madalena e Os Cátaros
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Maria Madalena e Os Cátaros
Maria Madalena e Os Cátaros
O catarismo foi um movimento cristão (gnóstico), considerado herético pela Igreja Católica que manifestou-se no sul da França e no norte da Itália do final do século XI até meados do séculos XIV. Suas ideias tem fortes paralelos com o gnosticismo do início da era cristã. Os historiadores indicam sua formação a partir da expansão das crenças dos bogomilos (Reino dos Búlgaros) e dos paulicianos (Oriente Médio). Eles afirmavam ser os verdadeiros e bons cristãos. Traziam em sua doutrina a assinatura da mensagem sincrética do iniciado persa Mani, que tinha espalhado pelo mundo antigo sua doutrina gnóstica.
A salvação para o catarismo era a libertação da alma de seu invólucro, isto é, o corpo material impuro. Devido a essa concepção, alguns historiadores afirmam que os cátaros viam com bons olhos o suicídio. Entretanto, trata-se de uma má interpretação da ideia da Endura, que consistia em uma morte simbólica do eu (semelhante às religiões orientais).
Os sacerdotes cátaros, ou Bons Homens, como se auto-denominavam, levavam vidas simples e castas, desprovidos de quaisquer posses materiais, buscando afastar-se ao máximo da corrupção do mundo. Eles eram considerados Bons Homens a partir do momento em que recebiam o Consolamentum, um rito que representava de maneira simbólica sua morte com relação ao mundo corrupto. Os crentes cátaros somente recebiam o Consolamentum nos momentos que antecediam sua morte. Os Bons Homens caminhavam entre o povo, pregando, e também auxiliando a população em suas necessidades, inclusive no tratamento de enfermos, pois muitos possuíam conhecimentos da medicina da época. Seu modo de vida lhes rendeu a admiração da população e o apoio dos nobres locais.
Devido à força do movimento e sua rápida expansão, o Catarismo foi visto como uma perigosa heresia pela Igreja Católica. A perseguição iniciou-se por uma tentativa fracassada de reconversão da população local. Posteriormente, foram instalados tribunais de inquisição. A convivência local entre Católicos e Cátaros era boa, existindo poucos relatos históricos de conflitos, e diversos relatos de encobrimento de cátaros por católicos no período. Falhando todas as tentativas anteriores, implementou-se a conhecida cruzada contra os Albingences (referência aos cátaros habitantes da cidade de Albi e, por extensão, a todos os cátaros do sul da França), a primeira cruzada a combater cristãos auto-declarados. A cruzada foi apoiada pela coroa da França, que desejava eliminar a forte nobreza local, para possibilitar um domínio mais direto da região. A cruzada foi finda pela Rainha~Regente Branca de Castela, mãe de São Luís, Rei da França, que pertenciam à dinastia capetiana, extremamente católicas. Essa violenta cruzada marcou o fim do movimento cátaro.
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